Low Poo e No Poo para Profissionais

/
/
Low Poo e No Poo para Profissionais

Quando se fala de Low Poo e No Poo, muitas vezes o conteúdo é voltado para os consumidores finais, você, que é profissional da área, já percebeu isso?

Na história de muitas profissionais, as técnicas não são a porta de entrada no mercado de cuidados capilares.

A Especialista em cabelos com curvatura Lívia Leal, por exemplo, estava descontente com o resultado dos produtos do salão no próprio cabelo. A partir desse movimento, começou a pesquisar e se deparou com os conceitos de Low Poo e No Poo. Com isso, mudou os próprios hábitos e, a partir desses resultados, migrou os produtos do salão para opções liberadas. Hoje, ela intercala, na rotina dela, Low Poo e No Poo, alternando os produtos.

Já a Suelen Paiva, que também é Especialista em cabelos com curvatura, fez, em um dado momento, uma transição para atendimentos com produtos Low Poo e No Poo. Hoje, além de usar liberados no trabalho, faz No Poo no dia-a-dia.

Essas profissionais, e qualquer pessoa que trabalhe hoje nesse nicho, percebe uma falta de conteúdo especializado sobre as técnicas para quem trabalha com isso.

Por esse motivo, resolvemos trazer um pouco da expertise dessas especialistas para falar um pouco sobre Low Poo e No Poo no contexto profissional, nesse post de hoje.

Falaremos, portanto, de Low Poo e No Poo no contexto dos salões de beleza especializados em cuidados dos cabelos com textura, com a ajuda de quem, de fato, trabalha com isso diariamente.

Como profissionais que atendem com produtos proibidos podem fazer a transição para um salão com produtos liberados?

A mudança para liberados é, muitas vezes, um processo que envolve alterações de nível técnico e gerencial.

No nível técnico é preciso que cada profissional tenha conhecimento sobre Low Poo e No Poo, não só para saber como usar os produtos liberados, mas também para apresentar esses conceitos e tirar dúvidas de suas clientes sobre eles.

Na parte gerencial, a pessoa responsável pelas compras precisa se responsabilizar pela aquisição de produtos adequados para esse novo modelo de atendimento. Ou seja, produtos profissionais e liberados.

Suelen conta que viveu a experiência da perspectiva da profissional que migra de um salão, onde não havia conhecimento sobre as técnicas, para um espaço onde só se usavam produtos Low Poo e No Poo.

Essa mudança pode parecer complicada, mas a cabeleireira logo explica:

“Foi fácil! Porque eu já cheguei no salão… o salão já utilizava a técnica. Eu aprendi a técnica e dei continuidade” – Suelen

Não sei nada sobre esse universo – Como buscar informações confiáveis sobre as técnicas?

A internet tem muita informação sobre as técnicas de Low Poo e No Poo, mas essas fontes nem sempre são confiáveis.

Suelen cita, como ponto de partida, o Manual da Garota Cacheada, livro de Lorraine Massey que serve de inspiração para os movimentos de Low Poo e No Poo no Brasil.

Livia também destaca a importância dos conteúdos de profissionais especializados, já que eles lidam com uma gama imensa de texturas capilares, além dos sites de marcas especializadas em produtos Low Poo e No Poo.

Tem espaço para crescer no mercado de cabelos naturais?

O papel dos próprios profissionais faz muita diferença no tamanho que o mercado pode atingir.

Trata-se de um nicho em expansão e é preciso que os profissionais se atualizem e entendam que, diferente do que aprenderam nas suas formações tradicionais, o alisamento não é a única “solução” para cabelos ondulados, cacheados e crespos.

Livia destaca a oportunidade que se especializar traz, comentando que o resultado de suas clientes desperta a curiosidade de outras pessoas que, então, começam a ver que o cabelo pode ser bonito sem ser alisado.

“Para profissionais é um segmento que não para de crescer. Eu ando na rua e observo o cabelo das pessoas. Tem um mercado muito grande! Depois da pandemia, muita gente tomou coragem para fazer a transição e as pessoas estão todas em busca de profissionais que saibam lidar com o cabelo delas” – Livia

Ela ainda destaca que não é preciso migrar de forma abrupta, da noite para o dia.

Se você está sentindo a necessidade de oferecer serviços especializados para cacheadas e crespas, é possível buscar esse conhecimento e combinar os atendimentos convencionais e os especializados em cabelos naturais no dia-a-dia do salão.

E para quem está se formando agora? Alguma dica?

Trabalhar com cabelos naturais é muito mais do que trabalhar com a beleza das pessoas que te procuram.

“Quem está se formando nessa área, carrega um privilégio: o de poder fazer um trabalho que é muito maior… não é levar a transformação química, de fazer a pessoa ser aquilo que ela não é, um padrão que ela não vai alcançar. Mas de fazer justamente o trabalho contrário: trabalhar com a beleza, sim, mas de uma forma mais saudável, que empodera muito mais, que dá muito mais autoestima para aquela mulher e realmente traz essa liberdade.” – Isabel Borges (CEO da Curly Care)

É essencial também, segundo a Livia, olhar para a individualidade da curvatura de cada cliente.

Diferente de quem não trabalha com salão, que só precisa entender o próprio cabelo, o profissional precisa estudar todos cabelos que passam pela sua cadeira e entender, de forma aprofundada, as características de cada um eles.

Técnica sozinha pode ser pouco

É importante, para finalizar, entender que se especializar em produtos e serviços para cabelos crespos, cacheados e ondulados é apenas parte do processo de uma carreira de sucesso.

Converse com as pessoas que chegam no seu salão e considere cada um desses encontros uma oportunidade de entender melhor a sua cliente.

Suas habilidades técnicas vão melhorar, cada vez mais, à medida que você for praticando, mas o atendimento de qualidade é indispensável, desde o primeiro dia.

O cabelo não vem sozinho para o salão, quem vem é a cliente e, por isso, é preciso que ela se sinta ouvida, acolhida e cuidada no seu espaço de trabalho.

É isso que vai trazê-la de volta.

Start typing and press Enter to search

Shopping Cart